Em meio a uma palestra sobre negócios e biodiversidade, a Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa) lançou nesta quinta-feira (25) a próxima edição da Feira da Indústria do Pará (Fipa), que será realizada em 2024, em Belém. O evento de lançamento, que reuniu empresários, sindicatos da indústria e outras instituições representativas do setor produtivo, marcou as comemorações pelo Dia da Indústria e o início das vendas e reservas de estandes.
Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Pará possui PIB industrial de R$ 84,2 bilhões. No Estado, a indústria emprega quase 200 mil trabalhadores. Para o vice-presidente executivo da Fiepa, José Maria Mendonça, o setor produtivo contribui diretamente para o desenvolvimento da região. “Nós temos uma indústria muito atuante aqui na Amazônia e o nosso compromisso como representantes do setor produtivo é apoiar essas indústrias para que tenham a oportunidade de se fortalecer. Por isso é que nós temos sempre nos posicionado na defesa da nossa região Amazônica, pela valorização das nossas riquezas e do nosso povo, porque sabemos do potencial que nós temos aqui, e o quanto nós, como amazônidas, podemos contribuir para o crescimento do país”, afirmou Mendonça.
Após a cerimônia de abertura, foi proferida a primeira palestra do evento, pela especialista Vanessa Pinsky, consultora em estratégias para a sustentabilidade, agenda ESG e inovação sustentável. Ela falou sobre a importância da manutenção de uma agenda sustentável, não apenas para grandes empresas, mas também para pequenos e médios negócios como estratégia para alcançar maior diferencial de mercado e mais competitividade. “O fomento de negócios sustentáveis no estado do Pará é fundamental para a competitividade da indústria. Então, o papel da Fiepa em trabalhar questões da agenda ESG e trazer discussões fundamentadas em competitividade, ciência, tecnologia, inovação e como as empresas podem mapear os seus riscos nos pilares sociais, ambientais e de governança, é fundamental para que o Estado consiga trabalhar num processo de industrialização integrado para que os produtos alcancem um maior valor agregado”, afirmou Pinsky, que é pós-doutoranda em bioeconomia, com foco em governança, política pública e cadeias de valor da sociobiodiversidade na Amazônia.
A abordagem está alinhada ao tema da próxima Fipa que será “Negócios e Sustentabilidade na Amazônia”. De acordo com o vice-presidente da Fiepa, Alex Carvalho, o objetivo da Feira em 2024 será apresentar as contribuições do setor produtivo para a economia do Estado e as ações socioambientais das indústrias instaladas no Pará. “A Feira será um espaço onde toda a nossa cadeia produtiva industrial poderá mostrar nossos produtos e nossos propósitos, e essa agregação de valores entre produção industrial, desenvolvimento econômico e respeito ao meio ambiente, porque, neste momento, estamos diante de um modelo novo que desponta cada vez mais, que é a bioeconomia, e a Federação vem, por meio da Fipa, atuar como um facilitador para discutir também um novo modelo de produção industrial, direcionado para a redução da pegada de carbono, por exemplo, e para outras questões relacionadas aos desenvolvimento social e de governança”, afirmou Carvalho.
Durante o lançamento da Fipa, houve a apresentação de algumas iniciativas sustentáveis de indústrias instaladas na região. Uma delas foi a Hydro, que falou sobre os projetos que incentivam o empreendedorismo na Amazônia. “A Hydro entende a sustentabilidade como a base para o futuro, e para ser reconhecida como uma empresa líder da indústria ela precisa fazer com que o impacto dela seja positivo para todas as pessoas, parceiros de negócios e para o meio ambiente. Então, o nosso trabalho é desenvolvido para alcançar o objetivo de desenvolvimento sustentável do território”, afirmou Higia Brandão, gerente sênior de Programas Socioambientais da Norsk Hydro no Brasil.
Promovida a cada dois anos pelo Sistema Fiepa, a Feira da Indústria do Pará (Fipa) tem correalização do Sebrae no Pará e patrocínios da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Sesi, Senai e IEL. É composta por uma feira de exposição de produtos e serviços de pequenas, médias e grandes indústrias locais, nacionais e multinacionais, e programação técnica com palestras e fóruns, rodadas de negócios, torneio de inovação, soluções tecnológicas e apresentações culturais.
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