As arritmias cardíacas afetam mais de 20 milhões de brasileiros e causam mais de 350 mil mortes súbitas por ano no país. O diagnóstico e o tratamento dessas condições, tanto benignas quanto malignas, continuam sendo um grande desafio.
De 20 a 22 de novembro, cerca de mil cardiologistas arritmologistas estarão reunidos no 42º Congresso Brasileiro de Arritmias Cardíacas Sobrac 2025, no Gran Mareiro Hotel & Eventos para discutir temas como a Nova Diretriz Brasileira de Fibrilação Atrial (FA), elaborada em conjunto pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e pela Sobrac, além de assuntos como arritmias cardíacas em atletas, o uso da inteligência artificial, síncope e os avanços tecnológicos no tratamento das arritmias.
Com a participação de renomados especialistas brasileiros, o congresso também contará com nomes internacionais, como o Dr. Andrea Mazzanti (Itália), Dr. Andreu Porta-Sánchez (Espanha), Dr. Atul Verma (Canadá), Dra. Devi Nair (Estados Unidos), Dr. Diogo Cavaco e Dr. Francisco Moscoso Costa (Portugal), entre outros.
“Esse encontro discute os novos rumos dos tratamentos das arritmias no Brasil”, destaca o Dr. Almino Rocha, presidente do Congresso Sobrac 2025.
“A realização do Congresso Sobrac 2025 em Fortaleza representa uma oportunidade única de atualizar conhecimentos e discutir inovações que impactam diretamente a prática clínica. Nosso objetivo é promover o diálogo entre especialistas e ampliar o acesso a estratégias que salvam vidas, especialmente no combate às arritmias cardíacas, que são uma importante causa de morte súbita no país.”, afirma o Dr. Alexsandro Fagundes, cardiologista e presidente da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac).
Nova Diretriz Brasileira de Fibrilação Atrial: um marco para o cuidado cardiológico
A Nova Diretriz Brasileira de Fibrilação Atrial (FA), elaborada em conjunto pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e pela Sobrac será o grande destaque desta edição.
A fibrilação atrial, considerada a arritmia mais comum do mundo e também a mais prevalente no Brasil, está associada a um aumento significativo do risco de AVC, insuficiência cardíaca e morte súbita. A nova diretriz atualiza condutas e traz recomendações modernas para melhorar o diagnóstico, o manejo clínico e a prevenção de complicações.
Entre os principais avanços estão:
- Uso da tecnologia como aliada no diagnóstico precoce: dispositivos como smartwatches e aplicativos de celular permitem detectar alterações no ritmo cardíaco de forma prática e personalizada, facilitando a busca precoce por atendimento médico especializado;
- Controle rigoroso dos fatores de risco, com ênfase em manter o peso adequado, praticar atividade física regular, evitar o consumo excessivo de álcool e tratar condições como hipertensão e diabetes;
- Avaliação individualizada do risco de AVC, garantindo que cada paciente receba orientações e terapias adequadas, com segurança e eficácia;
- Atuação de equipes multidisciplinares para o acompanhamento contínuo dos pacientes com FA, integrando cardiologistas, arritmologistas, fisioterapeutas e outros profissionais de saúde.
Essa nova diretriz representa um avanço significativo na padronização do cuidado com pacientes com fibrilação atrial no Brasil, fortalecendo o diagnóstico precoce e ampliando o acesso a terapias modernas e eficazes.
https://sobrac.org/sobrac2025 |
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