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Entrevista com o Rodrigo Flores, organizador do Summit Agro do Estadão

14/11/2024
Entrevista com o Rodrigo Flores, organizador do Summit Agro do Estadão

Por: Gustavo Albuquerque

Comparecemos ao Estadão Summit Agro 2024, ocorrido em outubro no Hotel Tivoli São Paulo Mofarrej.

Conversamos com o diretor do Jornal O Estado de S. Paulo, Rodrigo Flores.

Confira a entrevista:

Feiras do Brasil: Rodrigo, conta pra gente o que é o Summit Agro do Estadão?
Rodrigo Flores - "O Summit Agro é a versão agro dos nossos eventos tradicionais, os summits, que são grandes oportunidades que a gente tem pra discutir temas relevantes no panorama nacional.

Então, o summit basicamente é um encontro de alto nível, então aqui a gente reúne a esfera pública, a esfera privada, a gente reúne todos os grandes stakeholders pra discutir a questão muito mais no macro; grandes temas de legislação. A gente começou o evento hoje falando da relação União Europeia e Mercosul.

Então, a gente discute os grandes temas. A ideia é que seja um evento mais B2B, então a gente reúne, de fato, os grandes players, seja falando, seja assistindo. E isso vira um caderno, isso vira um produto editorial, que a gente desdobra e repercute depois.

Então, o summit é a realização física de uma grande reportagem ou de uma grande discussão muito plural que a gente realiza de forma temática. Então, hoje a gente está fazendo o Summit Agro, já fizemos o Summit Mobilidade, o Summit ESG, o Summit Saúde, enfim, nós temos aí uma trilha de summits e a gente fecha esse último do ano fazendo o Summit Agro, um tema que a gente trata nas páginas do Estadão há mais de um século, mas que a gente já tem mantido a regularidade de fazer alguns anos de forma física desse formato atual."


Feiras do Brasil: E a importância do Estadão, esse olhar pro agro, que a gente sabe que é o motor da economia brasileira, e a importância de você trazer pessoas, o seu público aqui é nível Brasil, correto?
Rodrigo Flores - "Correto!"

Feiras do Brasil: E você trazer todo esse hub de pessoas, que deve ter inovação, deve ter outras perspectivas, qual que é a importância e o nível da experiência do público aqui?
Rodrigo Flores - "Olha, a gente tenta reunir o que há de melhor, então a gente começa com uma curadoria, curadoria feita pela equipe do Agro Estadão mais o Broadcast, então a gente escolhe as melhores fontes que a gente tem no mercado, no dia a dia, para trazer aqui, e aí a gente decide por trilhas. Então, você deu o exemplo de inovação, inovação é um dos assuntos que a gente está tratando aqui hoje, por exemplo, para falar de telecomunicação, para falar de conectividade no campo, para falar de maquinário, a gente está falando de agricultura regenerativa, tem a ver com a agenda SG, tem a ver com a questão da sustentabilidade, a gente trata da questão comercial, falamos da balança comercial, falamos da importância da relação com o Mercosul, com a China, e para falar sobre tudo isso, a gente traz desde o fabricante, então, por exemplo, a China que provê soluções de conectividade, traz o Ministério da Agricultura para falar sobre as iniciativas do governo, e traz a Bayer para falar sobre como os insumos e como ela, de alguma forma, contribui para esse processo de agricultura regenerativa no campo. Então, a ideia é sempre reunir quem tem propriedade para falar sobre isso, nos temas que são os mais importantes naquele ano ou naquele momento sobre o agro."

Feiras do Brasil: Em questão para 2025, como é que o Estadão, vendo as discussões de hoje, como vocês entendem as perspectivas para 2025?
Rodrigo Flores - "São as melhores possíveis, 2025 é um ano especial para o Estadão, em 2025 o Estadão faz 150 anos, são poucos os jornais no mundo que tem 150 anos, então, a gente tem esse desejo, essa ambição, e a gente vai fazer é dar um passo além em relação a tudo que a gente já entregou em 2024. Então, a gente está fazendo um summit agro muito legal e vai fazer ainda melhor em 2025. A gente fez um summit de mobilidade muito legal, será ainda maior em 2025.

Então, a nossa ambição é aproveitar essas comemorações dos 150 anos para dar um passo além e para fazer ainda melhor no ano que vem. Então, a expectativa é a melhor possível."


Feiras do Brasil: A gente sabe que o evento ainda não chegou ao fim, vocês têm uma estimativa de público e, principalmente, qual o vislumbre do que de mensagem final pode trazer o summit desse ano?
Rodrigo Flores - "Olha, a gente sempre trabalha com públicos mais ou menos do tamanho que você está vendo. Então, assim, a gente tem um salão cheio, mas não é um salão grande. Então, a gente sempre trabalha ali na casa de algumas centenas de pessoas, nunca nesse tipo de evento, na casa do milhar. Muito qualificado, selecionado.

Porque é um evento B2B. Então, assim, a gente não quer falar para o grande público. A gente quer trazer aqui as pessoas que realmente têm influência. Os decisores. Os decisores. Mas, acho que a riqueza do summit, que é diferente de outros eventos, é que o summit não se encerra aqui.

Então, a gente faz o evento, a gente produz conteúdo de forma presencial, mas o diferencial do summit é justamente poder levar isso para as páginas do jornal, para as páginas digitais, para a rádio ou dourado. Então, o que a gente faz é, a gente cria o conteúdo aqui, que é testemunhado e criado por algumas centenas de pessoas, mas esse conteúdo será consumido por milhões. Porque a gente consegue reverberar, repercutir e distribuir nas plataformas do Estadão.

Então, essa jornada da produção e da entrega do conteúdo, ela é muito mais rica. Ela só começa hoje. Ela começa hoje, mas ela vai continuar.

Feiras do Brasil: A construção do conteúdo para 2025 também é em função de toda a interação que vai gerar depois do pós-evento de vocês também, né?
Rodrigo Flores - " É um processo contínuo. Então, esse ano, nós lançamos o AgroEstadão, um portal exclusivamente pensado para conversar com o homem do campo, com o produtor rural. Tem sido um sucesso.

No mês passado, a gente ultrapassou um milhão de páginas vistas. Está indo muito bem o AgroEstadão. O Summit Agro é o coroamento desse lançamento.

Só que amanhã, a gente já está de novo na produção exaustiva, dedicada, caprichada, de mais conteúdo dentro do Summit Agro... dentro do AgroEstadão. Então, a gente que trabalha com produtor de conteúdo, vocês sabem bem, não tem um ponto de chegada. É uma retroalimentação. Então, assim, a gente cada vez que faz um evento desse, a gente ganha um novo impulso e a gente acelera mais e vai crescendo mais. Então, para nós é um fechamento de um ciclo que nunca termina."


Feiras do Brasil: E qual seria para você a principal discussão que vai ser levada para as perspectivas de 2025 aqui do evento hoje?
Rodrigo Flores - "Olha, acho que os temas vão se atualizando, mas eles não mudam muito. Então, é muito provável que a gente tenha, no ano que vem, discussões das relações comerciais com o Brasil, um grande exportador. A gente viu aqui a linha do tempo e muita coisa aconteceu nos últimos 12 meses em relação à regulação e ao entendimento.

Tecnologia, cara, tecnologia está aí, o tempo todo ela avança, a gente tem novidades. Então, assim, de novo, vai ser um assunto que deve estar presente e que a gente vai trazer novidades. E a Agenda ESG, sustentabilidade, mudanças climáticas, essa é a grande pauta do mundo, não é só do Agro.

Então, certamente também estará aí. Então, assim, em termos macro, eu imagino que a gente vai cobrir mais ou menos os mesmos assuntos, mas certamente com pessoas diferentes, com novidades e com abordagens diferentes. A gente sabe que o agro brasileiro é o maior exportador de grãos, nós somos o celeiro do mundo."


Feiras do Brasil: E existe uma certa viés já sempre se achar o nosso agro devastador, esse tipo de coisa que sempre é uma agenda que vende fora para dentro. Qual a importância desse summit mostrar a nossa sustentabilidade, as boas práticas do agro brasileiro?
Rodrigo Flores - "Olha, eu acho que o agro é protagonista na questão que diz respeito às mudanças climáticas. Aí, o que eu acho que falta o agro se posicionar e ser entendido como, é que ele é o protagonista não no lado da causa, mas no lado da solução. Então, o protagonismo do agro como solução para as mudanças climáticas, eu acho que é essa percepção que precisa ser consolidada. Isso tem sido visto aqui nos painéis. Então, a gente estava falando agora, por exemplo, da importância de você ter uns 40 milhões de hectares de pastos degradados que podem ser transformados em florestas e captura de carbono.

Isso é agro, isso é campo, isso é produtor rural, isso é uma oportunidade que o Brasil traz para o mundo de se colocar como, de fato, o protagonista para combater as mudanças climáticas e as questões ambientais."


https://summitagro.estadao.com.br
 
* Gustavo Albuquerque é editor-chefe do portal Feiras do Brasil.
Engenheiro e jornalista, atua a quase 20 anos na geração de
conteúdo e informações voltadas ao segmento de feiras
 
 

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