Por: Gustavo Albuquerque
Confira a entrevista com a CEO da Diversão Offline, Fernanda Sereno:
Feiras do Brasil: Fernanda, fale sobre o Diversão Offline e a jornada desse evento.
Fernanda Sereno - "Bom, o Diversão Offline é uma feira voltada para os jogos de mesa analógicos, ou seja, jogos de tabuleiro e RPG.
E esse ano a gente está comemorando 10 anos de existência. Hoje somos os maiores da América do Sul. E a jornada tem sido louca, tem sido intensa.
Viemos do Rio, a feira começou lá no Sul América. Começamos com quase 700 pessoas na primeira edição. E hoje, amanhã, provavelmente a gente fecha o evento com 13 mil visitas.
Então é uma longa jornada de crescimento de público, de marcas, de tamanho de pavilhão. Hoje com 11 mil metros quadrados. E o desafio cresce do tamanho que o evento cresce."
Feiras do Brasil: E a gente vê aqui uma série de autores internacionais e também visitantes. Nível Brasil, é isso?
Fernanda Sereno - "Nível Brasil, com certeza. A gente recebe gente até do Acre. Acre, Manaus, Extremo Sul também, Centro-Oeste muito, Brasília em peso.
Temos vários visitantes de Brasília. Nossa, vem gente de todo canto, literalmente."
Feiras do Brasil: E essa transferência, vocês começaram no Rio de Janeiro e vieram para São Paulo. Como foi essa transferência para São Paulo?
Fernanda Sereno - "Na verdade, foi parte de uma decisão estratégica. A gente sentiu que a gente chegou num certo limite no Rio de Janeiro.
E para uma experiência fizemos um evento em São Paulo e um no Rio no mesmo ano. Para a gente entender como seria o termômetro. De público, de investimento das marcas, de tudo.
E aí a gente entendeu que, na verdade, em vez de agregar investimento e público, a gente estava dividindo. Porque hoje, nessa edição, a gente está contando com 120 marcas. Mas a maioria delas são de médias para pequenas.
Então são marcas que não têm um poder de investimento muito alto. Para, por exemplo, participar de duas edições num ano. Então a gente fez essa experiência, constatou que pelo termômetro era melhor a gente se fixar num lugar só.
E que muito provavelmente, já aqui em São Paulo, a gente tinha uma oportunidade de crescimento maior. "
Feiras do Brasil: Como é que está a visão do mercado de vocês? Vocês têm um número?
Fernanda Sereno - "Então, o mercado de jogos de tabuleiro e RPG em si, ele tem números muito perdidos. A gente tem números mais factíveis sobre o mercado de brinquedos como um todo, em que a gente se encaixa dentro.
A gente é uma fatia disso. Dentro de uma pesquisa geral. A última que eu vi da Abrinq, a gente estava passando de 11% do mercado de brinquedos como um todo.
Mas esse ano, inclusive, a gente está com uma parceria aqui no evento com uma empresa de pesquisa chamada Inside Consumer. E provavelmente no mês que vem, em julho, a gente vai ter uma apresentação dessa pesquisa, inclusive, para os nossos clientes e expositores. E vai ser a primeira vez que a gente vai ter números exatos do mercado de jogo analógico, de fato, no Brasil."
Feiras do Brasil: Em questão de conteúdo, de novidades, o que está trazendo essa edição?
Fernanda Sereno - "A gente está trazendo espaços novos no evento, coisa que a gente faz desde 2022, a gente tenta todo ano trazer um espaço novo. Nesse ano são dois, na verdade, que é o Feudo da Família, dedicado a crianças menores de seis anos, com um espaço de amamentação, com cadeirinhas menores e mesinhas pequenas também, patrocinado pela Paz e Filhos, então cheio de produtos para as crianças poderem utilizar. E o espaço de jogos milenares, onde a gente está apresentando xadrez, mahjong e gô.
Para as pessoas conhecerem, na verdade, de onde vem, quem são os precursores desse hobby para quem ainda não conhece. "
Feiras do Brasil: E quantos meses de preparação? Em 2026 vai vir muita novidade?
Fernanda Sereno - "São basicamente de 10 a 11 meses de preparação, literalmente. Então, aqui acaba, a gente respira e no mês seguinte já começa tudo de novo.
E para o ano que vem, sim, já temos novidades, já tem muita coisa na minha cabeça, já temos uma atração internacional confirmada, mas ainda é secreta.
E já tenho ideia de novos espaços, como um palco secundário só para creators e outros tipos de atividades diferentes, de painéis e premiações. Então, já temos bastante coisa na nossa cabeça sendo desenhada.
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* Gustavo Albuquerque é editor-chefe do portal Feiras do Brasil.
Engenheiro e jornalista, atua a quase 20 anos na geração de
conteúdo e informações voltadas ao segmento de feiras
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