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24/06/2025 Entrevista com Vanessa Martin, Diretora da VM Consultoria |
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Por: Gustavo Albuquerque
Após a entrevista com Vanessa Chiarelli, da Bop Comunicação, foi a vez de conversar com Vanessa Martin, diretora da VM Consultoria, outra idealizadora do Oasis Connection.
Num longo e prazeroso papo, a Profª Vanessa fala sobre o conceito por trás do Oasis, tendências e o futuro do mercado de eventos.
Confira a conversa
Feiras do Brasil: Qual é a importância de um evento desta dimensão, reunindo durante 3 dias de profissionais do setor de eventos para discutir o futuro dos eventos?
Vanessa Martin - "Total, mas mais do que só essa informação, o nosso objetivo quando criou o Oasis, até o nome já indica o que a gente tem de objetivo, é o Oasis Connections. Ele quis, e ele está entregando pelos comentários até hoje, que é um evento que busca transformar mesmo a pessoa e transformar o mercado.
A gente está fazendo o evento dos mais discutidos até hoje, feitos na área de eventos, eu conheço todos. Então a gente quer fazer com que as pessoas saiam daqui com insights, com cabeça diferente, entendendo como ele pode melhorar como profissional e também como pessoa. A gente quer fazer uma transformação mesmo nelas.
E isso não é só o tema, é a forma que você está entregando. Então está tudo ancorado no evento design do projeto. O fato de ser aqui, não em São Paulo, o fato de ser fim de semana, o fato das atividades que a gente planejou, o fato de hoje de manhã, que é sábado, estar livre.
Então tem histórias incríveis, igual essas que estão rindo aqui perto da gente, que depois você pergunta para elas. Fez com que a gente construísse memórias, desse muito risada, entendeu? E chegasse nas pessoas. Você fez também a última sessão aqui do Makes Me.
É uma atividade de engajamento de network e matchmaking também, porque as pessoas identificavam coisas em comum ou cor para as outras perguntas que o Ney Neto fez, para que você saísse de lá conhecendo as pessoas, quebrasse geralmente o gelo, o
iceberg, quebrasse o gelo e pudesse se aproximar. Porque em eventos, como o Julius Solaris falou hoje de manhã e falou aqui na entrevista com a gente, ele vai falar amanhã, as pessoas buscam, não é mais o conteúdo nos eventos, porque ele está na web. O que eles buscam é conexão.
E a conexão é mais do que o engajamento. A conexão é um nível, entre a escala de atividades, engajamento, mais sentido alto, entre aspas. Não é uma analogia ruim, mas é mais alto no sentido que ele é mais difícil de ser obtido.
Conectar, quando você conecta pessoas, são pessoas que são da sua tribo, entre aspas, e que elas têm em comum algo que realmente junta as duas, isso não é fácil. E o desafio do Oasis é maior, porque é um evento para
marcar os eventos. Então é muito mais desafiador do que fazer para um cliente, por exemplo, para conseguir clientes.
E a gente vê que a grande discussão aqui é a IA versus a conexão pessoal. A gente viu um exemplo do Ney Neto, ele usando a IA para conectar pessoas. "
Feiras do Brasil: Como é que a senhora vê o futuro dos eventos em relação à IA versus o presencial, a conexão real?
Vanessa Martin - "Eu dei palestra semana passada em Fortaleza, uma semana que vem, agora em Curitiba é o mesmo assunto, com abordagens diferentes.
Mas a tecnologia não é um fim, ela é um meio. Ou seja, a gente tem que usar a tecnologia para humanizar as pessoas. Então a tecnologia é o fio condutor que faz com que se aproximem pessoas.
Não só isso, isso não é parte de engajamento. Ela é absolutamente horizontal, assim como os eventos. Ela pega todas as áreas da nossa vida, seja na área de eventos ou seja em outra área.
Então, especificamente falando da IA, que é a inteligência artificial, pode ser a generativa, pode ser outra, mas principalmente a generativa, ela já está envolvendo a gente de um nível sem precedentes. Ela é considerada uma fase de revolução do evento, exatamente porque ela está automatizando todas as nossas atividades. Ela veio substituir profissionais.
Assim como teve todas as outras grandes revoluções, o que acontece é que você migra de uma atividade e passa para outra. E para isso você tem que preparar para essa outra atividade. Então, AI hoje, entender AI, não é mais uma questão de, ah, que legal.
É uma questão de sobrevivência. Você precisa. E o motivo está ligado à economia da atenção.
Hoje, o seu minuto de trabalho vale mais e é mais difícil ser obtido do que cinco anos atrás, do que um ano atrás. Essa economia da atenção faz com que cada minuto que você dedica para alguma coisa, ele tem que ser muito bem aproveitado. A AI veio para dar produtividade, para ajudar você a fazer áreas repetitivas, e às vezes agora cada vez mais completas, como os agentes de AI ou agentes de EQI, para tirar essa fase repetitiva.
E a gente tem muita coisa repetitiva em eventos. Absurdamente muito grande. E é fazer com que ele possa te ajudar para você se dedicar ao que você precisa para conseguir fazer o evento.
Que é a parte de criação, de você definir estratégias. É para isso que ela está, na verdade, usando. Sem falar que ela usa para achar palestrante, para achar tema, para achar pesquisa, para fazer tudo que você pode imaginar."
Feiras do Brasil: E uma última pergunta. A gente vê uma tendência de eventos cada vez mais personalistas, menores e nichados. Como é a visão da senhora nesse tocante? Até nesse conceito da atenção, de você ter coisas relevantes.
Vanessa Martin - "Isso é fato já consagrado. Os eventos andam nessa diminuição de eventos, ou entregar aquilo que a pessoa quer escutar de uma maneira bem intensa. Aqui a gente tem um grupo de um profissional, que é um profissional da área.
Então já está bem nichado. E aqui a gente está nichado no nichado no sentido em que a gente tem estratégia. Aqui a gente está ensinando estratégia.
Como ele pode melhorar o seu dia-a-dia, como ele pode melhorar o seu event design. Ou seja, a gente está falando de mostrar para ele o que inclusive a Silvana Torres fez. Ela falou na palestra dele e o Denis também.
Principalmente a Silvana. Engajamento em mundo fragmentado, o tema dela. E ela falou de regeneração de mercado, que é de você entender como entregar para aquele participante o que ele precisa, entendendo o que ele quer.
Isso quer dizer que você vai fazer um evento que tem, sei lá, para 200 pessoas? Não é para fazer 20 salas? Não. Mas para que você leve pessoas para o evento que tenham isso, para você não precisar fazer 20 salas. Entendeu a diferença? E achar as pessoas nos nichos e nas tribos, antes era muito difícil de fazer.
Hoje não, porque a gente tem a tecnologia. Não só AI, a gente tem tecnologia a nosso favor. Então, é um mundo que é muito distributivo agora.
O que você faz hoje, você não pode fazer mais. O que você fazia no passado, você não pode mais fazer hoje. E o que você faz hoje, você não vai poder fazer daqui a dois, três anos.
Então, quem está desistindo de estudar, de aprender e de saber que ele precisa abrir os olhares sempre e estudar sempre, ele vai estar fora do mercado se já não estiver. "
www.oasis-connection.com |
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* Gustavo Albuquerque é editor-chefe do portal Feiras do Brasil.
Engenheiro e jornalista, atua a quase 20 anos na geração de
conteúdo e informações voltadas ao segmento de feiras
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