Por: Gustavo Albuquerque
Estivemos no evento da Idwall ocorrido na Casa Giardini em São Paulo.
Confira o papo com Jonas Schuller sobre o idsummit:
Feiras do Brasil: Jonas, conta pra gente o que é o idsummit?
Jonas Schuller - "Bom, o idsummit é um evento para o mercado, então é o nosso principal evento de marca, onde a gente tenta gerar um valor para o nosso público. Então, a gente tenta sempre trazer um conteúdo diferente, um conteúdo que é realmente relevante. Então, a gente tenta falar o menos possível do nosso produto, e sim a gente trazer ali benchmarks, insights do mercado, que possam agregar no dia-a-dia do nosso público.
Então, a gente tem muito esse foco, então esse ano a gente fez muito uma estrutura ali de trazer um pouco de futurologia dentro de temas importantes para a gente. Então, a gente teve um bloco muito mais com foco em transformação digital. Então, falando ali um pouco, é isso, trazendo o conteúdo da Estônia, como é que a Estônia evoluiu digitalmente, quando ela trabalhou toda a parte de identidade, etc.
Depois a gente fez uma discussão disso. Beleza, isso aí é um benchmark, mas na prática, no dia-a-dia das empresas, como é que faz? Então, a gente fez todo um painel em cima disso, onde a gente teve a participação do presidente da Befintech, a gente teve ali o Head de Startups do Google, a gente também teve um parceiro nosso, que é a Kardam, que faz toda a parte ali de pesquisa. Então, eles fizeram todo o ranking, todo esse estudo de experiência que a gente está apresentando agora, e vai também premiar as instituições bancárias, são eles que fazem junto com a gente.
A gente também abordou um tema bem bacana, que foi, a gente trouxe um pessoal da Etiópia, a gente já desceu o conteúdo muito mais ali para a identidade digital, então eles falaram tudo, o projeto deles ali, o desafio que eles tinham ali de inclusão econômica das pessoas. Então, a grande maioria das pessoas da Etiópia não tinham papel, não tinham documento, então eles trouxeram todo esse trabalho que eles fizeram de inclusão, e depois como é que eles conectaram os setores públicos e tudo mais. Então, é isso, mais um case que é bem fora do nosso dia a dia, que a gente trouxe justamente, é isso, acho que essa é a ideia do evento.
Aí depois a gente trouxe uma coisa já bem mais afunilada para o nosso universo, então a gente falou um pouco de fraudes ali com o Gabriel Pato, que é um hacker ético, e agora estamos falando de futurologia, estamos falando de AI, e aí numa perspectiva um pouco mais branda mesmo. Então a ideia é realmente olhar um pouco para o futuro e imaginar como é que vai ser daqui a pouco com toda essa história de AI. E aí no final a gente encerra com o produto, então a gente fala um pouquinho do nosso lançamento, acho que está conectado um pouco, é isso, então o que a gente está trazendo muito é, a gente tem um futuro super incerto, a tecnologia muda a cada hora e aí muda as dinâmicas de negócio, muda as dinâmicas ali de mercado e etc.
Então a gente está fazendo um lançamento justo que é uma plataforma ali que é justamente super flexível para os clientes poderem se adaptar às mudanças de regulação ou eventualmente qualquer novo desafio que eles tiverem. Então é isso, a gente tomou esse super cuidado do conteúdo, está super bem amarrado, é isso, trazer coisas realmente diferentes, mas também é isso, de uma certa forma conectar com o nosso DNA, com nossa marca e tudo mais."
Feiras do Brasil: E a jornada de fazer um evento proprietário, que chega a 7ª edição?
Jonas Schuller - "7ª edição, exato. A jornada de vocês primeiro terem a ideia e depois tornar isso uma realidade, uma realidade consolidada de ser um encontro do seu ecossistema. A jornada de você ter o seu evento próprio, qual que é a importância disso? Eu acho que é total importante, acho que um dos nossos principais focos como marketing na Ideal é realmente criar os nossos canais próprios, porque no final das contas é isso, eu acho que marketing tem que girar valor para o ecossistema, para o nosso cliente, para o nosso prospecto em toda a jornada, do começo ao fim, desde quando a gente se apresenta e até eventualmente quando a gente fecha negócio.
Eu acho que o melhor lugar para se fazer isso é num canal próprio, fora que a gente também tem a discussão que cada vez mais os canais se saturam com uma velocidade muito mais rápida. Então se descobre um canal novo, ele funciona, daqui a pouco, é isso, ele encarece, o custo marginal aumenta significativamente e também tem uma dificuldade ali da mensagem chegar de uma forma assertiva, porque aí todos os concorrentes ou todo o mercado eventualmente está ali, é isso, acho que a gente teve isso com o e-mail, a gente teve isso agora com o telefone, são canais que não existem mais, a gente nem usa mais, a gente nem atende mais o telefone, a gente quer vivo, com certeza, te ligando ali. Então acho que essa é a importância de ter um canal próprio, precisa manter a relevância, precisa falar com o público correto, então acho que é pouco isso, então a gente está com muito esse foco de criar os nossos próprios canais, e aí tem várias iniciativas nesse sentido."
Feiras do Brasil: E em relação à evolução de participantes, você me corrija se tiver errado, você deve ter começado com uma coisa mais intimista e foi crescendo?
Jonas Schuller - "Exato. Como é que foi essa jornada do pequeno evento para um evento já consolidado e relevante? Perfeito, eu acho que veio junto com a nossa história, então é isso, quando a gente era uma empresa de três, quatro pessoas ali, a gente tinha um evento condizente, ia itateando, ia aprendendo, então conforme a gente foi crescendo, a gente também foi dando mais robustez e é legal, isso em todos os sentidos. Até quando a gente olha para o produto, antigamente a gente tinha um produto que resolviu um problema específico, hoje a gente tem, é isso, é um ecossistema, uma plataforma e tal, e é isso, eu acho que é natural também que o evento acompanhe um pouco esse crescimento."
Feiras do Brasil: Em questão de números de participantes, você já tem um número fechado dessa edição?
Jonas Schuller - "Sim, a gente tem, acho que, a última apuração que a gente fez foi mais ou menos umas 570, totais ali, sem contar, é isso, as pessoas, o staff e tudo mais. E sempre convidados de alto nível do ecossistema. Isso, então a gente, na verdade, quando a gente olha para o nosso público, a gente tem uma composição de 50%, são caros decisores, então são pessoas gerentes sêmios para cima, e a gente tem ali, pensando em personas, a gente tem pessoas de compliance, mas a gente tem principalmente pessoas de fraude e pessoas de produto.
Por que isso? Porque a gente, obviamente, é uma solução antifraude, e isso também passa, muitas vezes, por produto, porque passa por experiência, mas também, principalmente, porque a gente tem um estudo muito forte que a gente faz, que começou chamando, na verdade, ranking de onboarding, onde a gente basicamente pegava 20 bancos ali, um dos maiores bancos, e analisava o onboarding de cliente deles, e aí a gente premiava, e isso evoluiu, por causa da nossa plataforma, porque a gente foi crescendo o nosso portfólio de produto, isso evoluiu para o ranking de experiência, que depois virou o estudo de experiência. Então, o que é o estudo de experiência? Ele é, basicamente, toda uma parte quântica, onde a gente pergunta sobre a experiência dos bancos e segurança, mas também a gente faz um deep dive em cada uma das instituições ali, onde a gente analisa onboarding, onde a gente analisa uma série também de processos transnacionais, então, remissão de cartão e tudo mais. Então, esse estudo, ele é muito forte, a gente tem um grande investimento nesse estudo, e muitas empresas, na verdade, têm esse estudo, ou ranking, pelo menos, como meta.
Então, acho que o Banco do Brasil, agora não sei exatamente quais são, mas a gente tem algumas instituições, alguns bancos ali que têm esse ranking como meta. Então, a gente tem um público super forte ali de produto vindo por causa disso, porque quem recebe esse prêmio hoje é a persona de produto. E a gente também tem pessoas de tecnologia, obviamente.
Acho que essa é um pouco a leitura do nosso público. Acho que vale também dizer os setores, principalmente o setor financeiro, mas a gente tem algumas outras frentes ali também como bets, como operadoras de saúde, que também é bem forte para a gente, meios de pagamento e varejo também, mas com foco em marketplace. Então, a gente tem Shopee aqui, a gente tem os grandes Mercado Livre, tem uma galera bem grande de marketplace."
Feiras do Brasil: O evento tem pessoas do Brasil todo?
Jonas Schuller - "Pessoas do Brasil todo, com certeza. Então, a gente tem pessoas vindo do Rio, os nossos próprios clientes ali tem, é isso, já regiões diferentes. Mas é com grande concentração, é de São Paulo mesmo."
Feiras do Brasil: E o principal insight que vai sair dessa edição, qual seria? O principal insight?
Jonas Schuller - "A gente não saberia elencar um. Não, o principal, o que seria o pilar, o que vai ser o norte do mercado, do, sei lá, que sistema que você enxerga. Eu acho que é confiança, a gente ter essa consciência que aqui a gente é responsável por um negócio que se chama confiança e a confiança é a base pra gente fazer qualquer tipo de construção e evolução, é isso, pensando em economia, pensando em negócio, pensando em inovação.
Então, é isso, se não tem confiança você não vai fechar negócio, você não vai ter inovação, a galera não vai aderir à sua solução nova que você pensou. Então, acho que essa é a principal mensagem, sem confiança a gente não consegue pavimentar um futuro, é isso."
https://idsummit.com.br |
|
* Gustavo Albuquerque é editor-chefe do portal Feiras do Brasil.
Engenheiro e jornalista, atua a quase 20 anos na geração de
conteúdo e informações voltadas ao segmento de feiras
|
|
|
|